segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Muito Estranho


É chegada a última postagem de 2012. Quero desejar ao planeta terra e a todos os amigos muita saúde, amor, paz e alegria!!

Gostaria também de compartilhar um video que me fez muuuuito bem este ano. Ri muito. E como é sabido popularmente: O riso é melhor remédio para todos os males.

Salve 2013!!!

W. Walrus

Canção: Perform This Way
Autor   : "Weird Al" Yankovic
Album  : Alpocalypse

Política do Pão e Circo

Outro passeio de bicicleta pelas ruas de São Paulo neste fim-de-ano. O percurso de hoje incluiu a ciclovia da Radial Leste, começando pelo bairro de Itaquera até o Tatuapé. 

No trecho inicial da ciclovia pude observar de perto a construção do Itaquerão cujos trabalhos já passam dos 60% de conclusão.

Impressionado pela imensidão da obra, lembrei-me de dois artigos que li recentemente na internet cujos conteúdos (apenas uma parte deles) gostaria de compartilhar nesta postagem:

 "A política do Pão e circo (panem et circenses, no original em Latim) como ficou conhecida, era o modo com o qual os líderes romanos lidavam com a população em geral, para mantê-la fiel à ordem estabelecida e conquistar o seu apoio. Esta frase tem origem na Sátira X do humorista e poeta romano Juvenal (vivo por volta do ano 100 d.C.) e no seu contexto original, criticava a falta de informação do povo romano, que não tinha qualquer interesse em assuntos políticos, e só se preocupava com o alimento e o divertimento."¹

O Brasil do Século XXI ainda se assemelha bastante com a Roma Antiga, não acham?. Enquanto isso, em outro canto do mesmo país:

"O Brasil ficou na penúltima posição em um índice comparativo de desempenho educacional feito com dados de 40 países. O ranking, divulgado nesta terça-feira (27 de novembro de 2012) pela Pearson Internacional, faz parte do projeto The Learning Curve (Curva do Aprendizado, em inglês) e mede os resultados de três testes internacionais aplicados em alunos do 5º e do 9º ano do ensino fundamental. A Finlândia e a Coreia do Sul ficaram com os dois primeiros lugares do topo. Já o Brasil só ficou à frente da Indonésa."²

Quantos "Itaquerões" são necessários para se construir um país soberano e de igualdade social? Quem se importa??? Afinal, somos campeões da Libertadores da América e Mundial de Clubes e seremos ainda anfitriões da Copa do Mundo e dos Jogos Olimpicos!!!

É....
Preocupante!

¹ Extraído do site InfoEscola, por Emerson Santiago
² Extráido do site G1.



domingo, 30 de dezembro de 2012

Fotos com Cara de Arte

Jardim Robrú - 30/dez/2012
A postagem de hoje é sobre um aplicativo que baixei no smartphone pela manhã. Chama-se Kameraku.

O Kameraku (o nome deve ser japonês カメ楽 - uma mescla de câmera com diversão) é um editor de imagem cujos efeitos são incríveis e é super-facinho de usar.

Aproveitei minha ida à feira para estreiar a brincadeira e ... voilá!

Um abraço e até a próxima postagem!!

Jardim Robrú - 30/dez/2012
Quintal de Casa - 30/dez/2012

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Passeio de Bicicleta em São Miguel numa Tarde de Chuva

Festas de Dezembro... já me começa a pesar a consciência por conta da comilança de final-de-ano!! Para compensar a gula, nada como um passeio de bike...

O passeio de hoje foi debaixo de muuuuita chuva!!! Isso mesmo!!! Pode parecer  reclamação (não é não, viu!), mas já fazia um tempão que eu não andava de bicicleta e muito mais ainda que eu não tomava um banho de chuva... Renovador e altamente recomendável!!

Aproveitando a ocasião, deixo postado também este vídeo de uma canção que eu costumava ouvir quando criança... Quantas saudades daquela época!!  Quem se lembra???

Feliz Natal e Abraços Mil!!

Canção: A Bicicleta
Autor   : Toquinho / Mutinho
Album  : Toquinho no Mundo da Criança

domingo, 23 de dezembro de 2012

Família - O Q meu celular V

Registro de um momento de família. Festinha de aniversário de Fê em Soracaba na casa do Seu Gui e da Dona Fátima. 

Como é bom ser criança, né? A gente se diverte e é feliz com as coisas mais simples!!

Tive vontade de participar da brincadeira e subir no pula-pula... pena que já sou grande e tão gordinho...

Um ótima semana a todos!!!

P.S.: Feliz Aiversário a minha querida irmã Nadia tbm... Vendo esses dois meninos tão alegres me fez lembrar de três outras crianças igualmente felizes cuja infância só foi maravilhosa como foi porquê elas tiveram umas as outras para brincar (obrigado Kudirah!)... Felicidades!!!

domingo, 16 de dezembro de 2012

Lesupia - Aventuras no Estúdio...

Foto de Jonas Honorato
Olá pessoal! A postagem de hoje e sobre um novo projeto musical do qual participo... A banda chama-se Lesupia.

Dos músicos e suas respectivas funções: Eu canto, o Tico toca guitarra, o Neuber bate a bateria e o Digo manda no contra-baixo... 

Resultado: Rock, rock e rock..

Hoje estivemos no KOV Studios para gravação do release da banda para nosso novíssimo website. Gostei do resultado, mas confesso que preferiria ter ido ao estúdio para produzir algo novo e de nossa autoria (uma das minha maiores inquietações reside aqui). Como diria o sábio chinês: Tudo ao seu tempo!!!

Fica aqui um convite para o leitor deste blog para visitar-nos no site www.lesupia.com.br para conferir o resultado das gravações.

Um grande abraço!

Drácula - 77ª Mostra Macunaíma de Teatro

A postagem de hoje é sobre a montagem de "Drácula" de Bram Stoker dirigido pela professora e diretora Ariane Moulin.

O que dizer do espetáculo?  Foi minha primeira experiência em uma peça encenada por crianças e jovens e foi ma-ra-vi-lho-so!! Mais um aprendizado precioso que o teatro me proporcionou em 2012.

Da peça as canções: "Vagalumes" do Grupo Pollo, "O Monstro" de João Penca e Seus Miquinhos Amestrados e "Dorme" de autor desconhecido (assim que descobrir a autoria, prometo que informo no blog)...

Sinto que foi um dos trabalhos mais importantes em que pude colaborar recentemente... Não foi somente um encontro com jovens e talentosos atores mas também com o futuro da arte no Brasil...

Muito, muuuuito feliz :-)! Um grande abraço a todos!

W. Walrus

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Clarão nas Estrelas - 77ª Mostra Macunaíma de Teatro

Final de ano movimentado este de 2012... Vai deixar muitas saudades!

A postagem de hoje é sobre a montagem da peça "Clarão nas Estrelas" de Vladimir Capella do qual tive o imenso prazer de participar como músico por meio do convite da professora e diretora Márcia Azevedo.

Não consigo expressar em palavras a emoção que foi participar da montagem. Foi realmente incrível... Não somente pelo resultado belíssimo das semanas de trabalho duro, mas também pela possibilidade de apredizado e do convívio do grupo de atores, diretora e assistentes que foram tão receptivos e amáveis...

Do repertório, as serestas "Lua Branca" de Chiquinha Gonzaga, "A Noite do Meu Bem" de Dolores Duran, "Hoje a Noite Não Tem Luar" do Menudo e a instrumental "Sonho de Maria" de W. Walrus...

Saudades mil... Obrigadoooo Téspiiiiis!!

domingo, 18 de novembro de 2012

Sete Minutos - 77ª Mostra Macunaíma de Teatro

Ansiedade... Esta é a palavra que descreve com exatidão as semanas que antecederam a estréia da peça "Sete Minutos"...

Foi imensa emoção ao ver amigos e familiares pretigiarem o resultado do últimos meses de trabalho duro no Macú. Confesso que tive medo do fracasso... Mas, felizmente, tudo foi resolvido com a  recepção calorosa dessa nossa montagem. Sinto-me encorajado para o próximo desafio!!! Obrigado Carlinhos! Obrigado amigos do PA2! Obrigado Téspiiiiiis!

Sinto que me perdi um pouco durante o  processo de construção da personagem... As nuancias de suas reações relacionadas ao seu objetivo e passado deram uma nova profundidade ao trabalho. Isso tudo amarrado ao super-objetivo da peça... Meu Deus! Passamos por tudo isso e no final a fluidez era quase natural.

Por seu uma peça de longos diálogos, pode-se concluir que o "sub-texto", o "monólogo interno" foram as ferramentas introduzidas que mais me auxiliaram na interpretação. Já no fim do processo, estabeleci um segundo plano para a personagem que estimulavam suas reações principalmente no que diz respeito a sua relação com o "velho dos dedinhos"... Aliás, nunca me esquecerei da intensidade das duas últimas sessões... Me emociono só de lembrar!

Dizem que o melhor da festa é esperar ela chegar... Pura verdade!!!

"A vida é uma sombra que passa, um pobre ator que se pavoneia em cena durante uma hora. Depois ninguém reconhece. Uma história idiota cheia de som e fúria contando por um louco, significando nada..."*

*Peça "Sete Minutos"


domingo, 16 de setembro de 2012

Sete Minutos - E Agora, José?

Hoje, repassei em casa o texto da peça "Sete Minutos" para tentar memorizá-lo e posso dizer que já rolou com maior fluidez. Já estou conseguindo internalizar as intenções das personagem nas cenas em que atuo e sinto que houve uma pequena melhora se compararmos ao meu primeiro contato com o texto. Uhuuu!

Com relação ao corpo da personagem e suas reações, fiz um ensaio em frente ao espelho sem nenhum assessório. Sei lá... ficou meio sem sal. Tentei então fazer a mesma cena vestindo um paletó e senti uma pequena melhora na postura e impostação da voz. Senti-me como se estivesse vestido de José... Acho que vou levar o paletó para o ensaio na aula de montagem, pois pareceu-me promissor seu uso... 

Como batizei a personagem com o nome de José, lembrei-me do primoroso poema de Carlos Drummond de Andrade o qual transcrevo aqui... Confesso que tenho buscado inspiração nele na criação de minha  personagem... Um Grande Agraço e até a próxima postagem!


JOSÉ (Carlos Drummond de Andrade)

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,

seu terno de vidro, sua incoerência,
seu ódio - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, pra onde?




domingo, 9 de setembro de 2012

O Passado de José

A postagem de hoje é a respeito da história da personagem José da peça "Sete Minutos". A elaboração desse passado é um passo fundamental para a construção da personagem, pois direcionará suas ações e justificará suas reações na peça. Decidi escrever este texto em primeira pessoa. Boa leitura!

 Meu nome é José. Sou um ator veterano de cinquenta e oito anos de idade, sendo que trinta e sete deles dedico ao teatro. Venho de família humilde do interior de São Paulo e comecei a trabalhar no teatro como bilheteiro ainda muito jovem.

O Teatro é minha paixão, embora tenha que admitir que já sinto o esgotamento de anos ininterruptos de trabalho e doação. Para ser honesto, há horas em que me sinto velho e ultrapassado dentro daquilo que tenho feito a vida inteira... É... os tempos são outros!

Lembro-me de quando eu era apenas um jovem dando os primeiros passos como ator no teatro... Sentia que as pessoas compartilhavam meu amor pela arte. Como foi inesquecível minha primeira montagem de Shakespeare! Os aplausos, a aclamação, a comunhão com o público... Hoje, a mesma montagem provoca apenas bocejo e sono... É... os tempos são realmente outros!

Dizem que quem tem sorte no trabalho não a tem no amor... Verdade. Posso atestar em favor desse ditado popular por experiência própria! Fui casado duas vezes na minha vida, mas sempre fui boêmio e amante da arte. Nenhum relacionamento amoroso suportou minha fervorosa devoção a Dionísio... Não tive tempo sequer para ser pai antes de se acabarem meus casamentos (adoraria ter sido pai... quem sabe um dia...). Ouvi dizer, inclusive, que minha ex-esposa é evangélica hoje em dia devido à traumática experiência conjugal ao meu lado. Sem comentários!

Atualmente, estou em cartaz com o espetáculo Mcbeth de Shakespeare. Por que Mcbeth? Não sei... saudosismo talvez. Muito se fala sobre a má sorte que o espetáculo traz, mas não sou supersticioso... O texto tira o melhor de mim como ator e de minha equipe. Aliás, por meio dessa peça, estou tendo a oportunidade de trabalhar com velhos amigos e  jovens revelações das artes cênicas.

Bom, para finalizar,  gostaria de convidá-los para o espetáculo e pedir sua integral atenção à mensagem que antecede o início da peça. Um grande abraço!


José

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Registro das Aulas de Teatro PA2 (Agosto - 2012)

Novidades para o blog do Mequetrefe. A partir de hoje começarei a postar registros e impressões da construção da minha personagem da nossa primeira montagem no Macunaíma. O texto é "Sete Minutos" de Antônio Fagundes. Nosso diretor e orientador será o professor Carlos César de Sousa.
A peça conta a história de um ator veterano que, exausto do comportamento "inadequado" da platéia durante seu espetáculo, surta e interrompe a peça aos berros. O texto sugere de forma bem-humorada uma reflexão sobre o relacionamento entre artista e público. A troca, a doação e o amor. "...valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena..." - Fernando Pessoa
Foram propostas algumas questões a respeito da personagem na aula de montagem que, juntamente com as respostas que obtive, trascrevo abaixo: 

1) Quem é a sua personagem  na história?
 Minha personagem é o "ator" a quem dei o nome de José. Ele é o protagonista da obra e, de alguma forma, herói e vilão da trama. A ele cabe o pontapé inicial da peça ao reagir ao comportamento "inadequado" da platéia. O texto sugere que ele tenha por volta dos 60 anos, visto que tem 37 anos de profissão como ator. Consagrado como artista, descobrimos que ele vive uma paixão intensa pela arte o que o motiva na tentativa de estabelecer uma conexão mais próxima com o público de quem ele espera conquistar o coração por meio do teatro.

2) O que a personagem faz na obra?
A personagem reage ao comportamento "inadequado" da platéia em um primeiro momento. Expõe suas motivações e pontos de vista às outras personagens com a finalidade de justificar sua atitude intempestiva. Em meio aos acontecimentos que ocorrem no decorrer da peça, ele cai em si e faz as pazes com o público e com a arte.

3) O que ele quer conseguir?
Ele espera conquistar o público por meio da arte. José quer a troca, a doação, o reconhecimento e o amor da platéia. Ele quer os "sete minutos" de cada expectador.
 
4) Contra quem a personagem luta e com quem se alia?
José luta contra aqueles que considera insensíveis à sua arte. Ele não se alia a ninguém em específico, mas espera apoio e compreensão de seus interlocutores o tempo todo na peça como quem procura por validação dos próprio princípios.

5) Como se relaciona com as outras personagens?
José parece ter uma certa proximidade com a produtora... uma amizade que ultrapassa o âmbito profissional. Com a atriz, ele tem um relacionamento tal como de mestre a aprendiz.  Com o velho da platéia, a princípio, muita raiva, mas depois, respeito a apreço. Em geral, ele demonstra-se bastante impaciente e bravo com as demais personagens.

6) Quais são suas caracteríaticas?
Profundo conhecedor da arte. Artista sensível, inteligente e excêntrico.A ironia e o sarcasmo marcam constantemente suas falas.

7) Onde vive e para quê?
José vive numa metrópole qualquer. Artista veterano e reconhecido, ele já sente o esgotamento dos 37 anos de trabalho como ator. Ama a arte, mas queixa-se da troca que estabelece com o público. Ele quer mais... muito mais.

8) Enumere algumas qualidades positivas e negativas da personagem.
 Positivas:
Sensível, inteligente, apaixonado...
Negativas:
Mal-humorado, arrogante (às vezes), rabugento...

Considerando as informações acima citadas, pode-se concluir que o super-objetivo da obra relaciona-se com ato de amar, doar e a troca entre o artista e o público. O casamento entre o teatro e o público pode ter suas crises, mas ainde é movido a intensa paixão e vale a pena cada minuto de comunhão.
Espero que, por meio desta peça, possamos reafirmar o compromisso que já dura mais de dois mil anos... 

 W. Walrus