A postagem de hoje é a respeito da história da personagem José da peça "Sete Minutos". A elaboração desse passado é um passo fundamental para a construção da personagem, pois direcionará suas ações e justificará suas reações na peça. Decidi escrever este texto em primeira pessoa. Boa leitura!
Meu nome é José. Sou um ator veterano de cinquenta e oito anos de idade, sendo que trinta e sete deles dedico ao teatro. Venho de família humilde do interior de São Paulo e comecei a trabalhar no teatro como bilheteiro ainda muito jovem.
O Teatro é minha paixão, embora tenha que admitir que já sinto o esgotamento de anos ininterruptos de trabalho e doação. Para ser honesto, há horas em que me sinto velho e ultrapassado dentro daquilo que tenho feito a vida inteira... É... os tempos são outros!
Lembro-me de quando eu era apenas um jovem dando os primeiros passos como ator no teatro... Sentia que as pessoas compartilhavam meu amor pela arte. Como foi inesquecível minha primeira montagem de Shakespeare! Os aplausos, a aclamação, a comunhão com o público... Hoje, a mesma montagem provoca apenas bocejo e sono... É... os tempos são realmente outros!
Dizem que quem tem sorte no trabalho não a tem no amor... Verdade. Posso atestar em favor desse ditado popular por experiência própria! Fui casado duas vezes na minha vida, mas sempre fui boêmio e amante da arte. Nenhum relacionamento amoroso suportou minha fervorosa devoção a Dionísio... Não tive tempo sequer para ser pai antes de se acabarem meus casamentos (adoraria ter sido pai... quem sabe um dia...). Ouvi dizer, inclusive, que minha ex-esposa é evangélica hoje em dia devido à traumática experiência conjugal ao meu lado. Sem comentários!
Atualmente, estou em cartaz com o espetáculo Mcbeth de Shakespeare. Por que Mcbeth? Não sei... saudosismo talvez. Muito se fala sobre a má sorte que o espetáculo traz, mas não sou supersticioso... O texto tira o melhor de mim como ator e de minha equipe. Aliás, por meio dessa peça, estou tendo a oportunidade de trabalhar com velhos amigos e jovens revelações das artes cênicas.
Bom, para finalizar, gostaria de convidá-los para o espetáculo e pedir sua integral atenção à mensagem que antecede o início da peça. Um grande abraço!
José
Meu nome é José. Sou um ator veterano de cinquenta e oito anos de idade, sendo que trinta e sete deles dedico ao teatro. Venho de família humilde do interior de São Paulo e comecei a trabalhar no teatro como bilheteiro ainda muito jovem.
O Teatro é minha paixão, embora tenha que admitir que já sinto o esgotamento de anos ininterruptos de trabalho e doação. Para ser honesto, há horas em que me sinto velho e ultrapassado dentro daquilo que tenho feito a vida inteira... É... os tempos são outros!
Lembro-me de quando eu era apenas um jovem dando os primeiros passos como ator no teatro... Sentia que as pessoas compartilhavam meu amor pela arte. Como foi inesquecível minha primeira montagem de Shakespeare! Os aplausos, a aclamação, a comunhão com o público... Hoje, a mesma montagem provoca apenas bocejo e sono... É... os tempos são realmente outros!
Dizem que quem tem sorte no trabalho não a tem no amor... Verdade. Posso atestar em favor desse ditado popular por experiência própria! Fui casado duas vezes na minha vida, mas sempre fui boêmio e amante da arte. Nenhum relacionamento amoroso suportou minha fervorosa devoção a Dionísio... Não tive tempo sequer para ser pai antes de se acabarem meus casamentos (adoraria ter sido pai... quem sabe um dia...). Ouvi dizer, inclusive, que minha ex-esposa é evangélica hoje em dia devido à traumática experiência conjugal ao meu lado. Sem comentários!
Atualmente, estou em cartaz com o espetáculo Mcbeth de Shakespeare. Por que Mcbeth? Não sei... saudosismo talvez. Muito se fala sobre a má sorte que o espetáculo traz, mas não sou supersticioso... O texto tira o melhor de mim como ator e de minha equipe. Aliás, por meio dessa peça, estou tendo a oportunidade de trabalhar com velhos amigos e jovens revelações das artes cênicas.
Bom, para finalizar, gostaria de convidá-los para o espetáculo e pedir sua integral atenção à mensagem que antecede o início da peça. Um grande abraço!
José
Nenhum comentário:
Postar um comentário