segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Paris e o Vulcão Islandês

Paris
A postagem de hoje é sobre onde e como começou minha jornada pelo velho continente. Estamos falando de Paris e também do vulcão islandês Eyjafjälla.
Tudo ocorreu a cerca de quatro meses atrás. Lembro-me que meu visto de estudante para o Reino Unido havia demorado para sair então tive que esperar até o último momento para comprar a passagem aérea. Não tive muita opção de compra, pois já estava em cima da hora e havia o risco de eu não conseguir o bilhete em tempo para o inicio das aulas. Uma das opções era pagar um terço mais caro pela passagem  e chegar um dia antes do inicio do curso ou então pagar bem mais barato, chegar quatro dias antes, ficar em Paris por dois dias para depois prosseguir a viagem com destino a Londres. Escolhi o opção que me pareceu mais em conta: Resolvi conhecer a França.
Artistas de Rua
A princípio, fiquei bastante preocupado, pois, além de saber pouquíssimo do idioma francês, sempre ouvi dizer que os franceses não gostavam de estrangeiros que não falassem a língua local. Feliz engano. Os parisienses foram muito gentis e prestativos. Minha estratégia de comunicação era chegar humilde com um simpático "bon jour " para depois usar o inglês ou até o português. Deu certo na maior parte das tentativas.
Fiquei encantado com a cidade porque era inicio da primavera e havia jardins com belas flores por todos os lados. Além disso Paris parecia transpirar arte... foi muito bacana prestigiar os inúmeros artistas de rua  parisienses. Quanto às dificuldades, foi um pouco trabalhoso me deslocar do Aeroporto Charles de Gaulle para o albergue onde fiquei hospedado, mas valeu muito a pena.
Torre Eiffel
Tive a oportunidade de conhecer a Torre Eiffel,o Arco do Triunfo e o Museu do Louvre. Este último, impressionou pelo acervo de obras e pelo tamanho. Fiquei quase um dia por lá e fui vencido pelo cansaço. 
Conheci também alguns músicos parisienses na Basílica do Sacre-Couer de Montmartre. Era um pessoal muito dez (eles chamavam-se Ruben, Matthias, Maxime e Sarah). Tive a oportunidade de bater um papo com eles, bebemos algumas cervejas e fizemos um pequeno jam session juntos. Foi incrível!!
Ao final do segundo dia, chegava a hora de prosseguir viagem. Foi quando o vulcão islandês entrou em erupção.
Museu do Louvre
Aeroportos fechados e muita confusão. Esta era Paris no dia do meu embarque para Londres. Não sei dizer se ninguém sabia explicar o que estava acontecendo ou se era eu que não conseguia entender nada do que me diziam. 
Como toda dificuldade tem seu lado positivo, conheci uma garota  muito gentil chamada Rachel nesta ocasião. Natural dos Estados Unidos, Rachel estava a passeio em Paris e hospedada no mesmo albergue que eu. Ambos estávamos perdidos no meio daquele caos. Rachel queria retornar à América do Norte então fomos juntos ao aeroporto para tentar embarcar cada um para seu destino, mas sem sucesso.
Rio Sena
Já tinha perdido o primeiro dia de aula (era segunda-feira e meu quinto dia em Paris) quando resolvi ir à rodoviária para tentar chegar ao Reino Unido de ônibus. Fiquei um tempão em uma fila imensa, mas finalmente, consegui comprar um bilhete com destino ao Terminal Rodoviário de Victoria em Londres marcado para aquela noite. A viagem então prosseguiu.
Dez horas depois, eu estava na capital da Inglaterra morto de cansaço e com um baita frio!!! Novamente, comecei minha exploração em território desconhecido... Me perdi um pouco, mas cheguei ao meu destino, a casa dos Winston, no final da tarde daquela terça-feira são e salvo. Foi meu primeiro dia em Londres e o inicio de uma período muito especial da minha vida. Definitivamente, eu faria tudo outra vez!!! Uma ótima semana a todos!

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