sexta-feira, 12 de julho de 2013

O Povo Acordou! - Dia Nacional de Luta

Ontem, dia Onze de Julho de Dois Mil e Treze, foi realizada a mobilização nacional pelas causas sociais e trabalhista em nosso país. Organizada pelas Centrais Sindicais, a população mais uma vez foi às ruas para manifestar o desejo por justiça social, melhores condições de trabalho, saúde e educação. Estima-se que somente no ato na Avenida Paulista participaram cerca de quinze mil manifestantes.

Na Pauta Das Centrais Sindicais:* 
- Não ao PL 4330, sobre terceirização
- Fim do fator previdenciário
- Valorização das aposentadorias
- Transporte público e de qualidade
- 10% do PIB para a Educação
- 10% do Orçamento da União para a Saúde
Redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem diminuir salários
- Reforma Agrária
- Suspensão dos Leilões de Petróleo
- Reforma Política Já!!! - O povo quer ser ouvido
- Democratização dos meios de comunicação

Mais um exemplo de democracia e cidadania que a sociedade brasileira dá.
Por outro lado, chamou-me a atenção alguns artigos veiculados na internet sobre um suposto benefício chamado "bolsa passeata", pago por algumas centrais sindicais a uma parcela dos "manifestantes". Protestar ou manifestar por uma causa social, no meu entendimento, não se trata de um serviço prestado. Outro aprendizado, outra inquietação... 

Quanto vale teu grito por justiça, companheiro?

*Fonte: Folha Bancária

quarta-feira, 3 de julho de 2013

ClariceAnas - 78ª Mostra Macunaíma de Teatro


É difícil traduzir em palavras a emoção de participar da montagem desta peça que baseou-se em contos de Clarice Lispector e cujo processo colaborativo de criação foi uma experiência novíssima para muitos dos nós. Talvez, as palavras "amor" e "generosidade" sejam aquelas que mais remetam ao que foi fazer parte deste processo.

Pude aprender um pouco mais sobre o processo de montagem e sonoplastia de uma peça. Compusemos uma linda canção para o espetáculo que nasceu todo musical... Curti demais!!!

Me orgulha muito o resultado desses últimos meses de trabalho. Amor, gratidão e amizade... Obrigado Téspis!!!



"... O ser-humano é movido pela busca. A busca pelo amor perfeito, a busca pelo par ideal, a busca pela paixão de uma existência... O que dizer do vazio deixado por uma paixão não correspondida? Como odiar a quem se deseja e cujo único pecado é não lhe amar de volta? Hoje, minha busca é pelo preenchimento desse vazio... Deus! Me ensine somente a odiar!!!" - Baseado no conto "O Búfalo"

terça-feira, 2 de julho de 2013

O Povo Acordou!

Manifestações ocorrendo pelos quatro cantos do Brasil. Finalmente, a população acordou para a realidade de um país cansado de injustiça social e mal uso do dinheiro público.

Nunca pensei em ver tamanha mobilização em vida!!! Orgulho de ser brasileiro...  NÃO SE TRATA DE 20 CENTAVOS!!!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Um Semestre de Mudanças... Fragmentos de Reflexão por W. Walrus

Tudo é transitório. ...

Enquanto girar o mundo nenhum momento se repete, ninguém respira o mesmo ar ou fica parado em um canto qualquer do quarto como em outrora.

Sempre fui um homem apegado ao passado, à segurança e à  boa lembrança. Compreendo agora o porquê de me agradar tanto com fotografias. Aqueles são pedacinho de felicidade cristalizados e eternos.

Ontem, São Paulo, hoje, Sorocaba. Se ao menos eu fosse só não sofreria da frustração de querer bem e não poder propiciar o bem da maneira como desejo. Me falta aceitar que a felicidade não está nas mãos de homem algum, porém cabe a cada um de nós carregá-la no peito por onde quer que estejamos.

Só me restam os álbuns de  fotografia e uma pequena inquietação quase saudosa. Hoje, aqui... Amanhã, uma nova história...

W. Walrus


domingo, 10 de fevereiro de 2013

Manhãs de Junho - A Familia

O sol veio cumprimentar com firmeza aquele dia primeiro de junho na pequena Caxias. Já de manhã bem cedinho era possível ver os habitantes da cidade esconderem-se do calor escaldante debaixo da sombra dos cajueiros a caminho do trabalho. Era uma quinta-feira feliz!

Como de costume José tomou um café reforçado e dirigiu-se a alfaiataria de bicicleta. Acordou os filhos antes de deixar o lar e instruiu cada um deles dos deveres daquele dia. Sua rigidez era quase militar e sua ordem expressa: Nenhuma das crianças tinha permissão de brincar na rua.

Maria do Carmo, a filha mais velha, era uma jovem de doze anos. Tinha cabelos castanhos e ondulados na altura dos ombros e um olhar doce de anjo. De personalidade forte, cabia a ela os cuidados da casa e dos irmãos. Apesar da aparente fragilidade, sua autoridade era respeitada pelo trio de irmãos mais jovens a quem constantemente ameaçava com severos cascudos. Sentia-se a substituta da mãe falecida.

Zezinho era um moleque hiperativo de dez anos de idade que tinha a admiração dos outros irmãos por ser o mais destemido da turma. Fora o primeiro a andar na bicicleta do pai e cair dela também. De estatura mediana e pele bem branca, tinha os joelhos e cotovelos cobertos de cicatrizes tamanho eram suas travessuras. A ele cabia a limpeza do imenso quintal da casa.

Jonas era um garoto de sete anos de olhar triste.Talvez tenha sido ele o filho que mais sentira a ausência da mãe. Via no pai um exemplo a ser seguido e a quem tentava imitar em cada ação. Era ligeiramente gordinho o que lhe proporcionava apelidos pouco respeitosos, mas não se queixava. Amoroso e prestativo a ele estava incumbido cuidados das aves. Sempre que conseguia escapava em segredo para o riacho que corria ao fundo do quintal da casa para escrever versos nas lages de pedra.

Carlos era o irmão caçula. Tinha seis anos e era fruto de um caso extra conjugal de José. Rejeitado pela mãe, passou a morar com aquela família desde bebê. Garoto de comunicação fácil e extremamente peralta já era "famoso" por todo o bairro. Arrancava com frequência o sorriso dos familiares e pricipalmente dos irmãos com suas imitações. Do pai, era preocupação constante.

Era hora de ir para a escola....

Continua...

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Hora da Leitura: Amai os Inimigos (Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho)

A postagem de hoje é sobre o livro "Amai os Inimigos" de Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho que me acompanhou durante as férias escolares no translado diário até o trabalho.

Trata-se de um romance espírita que conta a estória de Noel, um jovem empresário de uma cidadezinha do interior, cujo drama familiar coloca-o vivenciando dilemas de vigança e dor. 

A leitura nos proporciona, sob a ótica espiritualista, uma lição sobre a importância do perdão e traz elementos da doutrina Kardecista de forma didática e surpreendente. Muito bom!

Título   : Amai os Inimigos
Autor   : Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho (pelo espírito Antônio Carlos)
Gênero : Romance Espírita
Editora : Lúmen Editorial

Um abraço!

domingo, 27 de janeiro de 2013

Grupo de Vozes do LEADE - Canção do Perdão


Gostaria de aproveitar o espaço deste blog para compartilhar com os amigos e leitores o acervo de canções do Grupo de Vozes do centro espiritualista LEADE do qual faço parte.
Esse grupo realiza um trabalho de harmonização no LEADE aos domingos pela manhã por meio de canções de temática cristã. Espero que cada canção postada possa alcançar o coração de todos.

Um forte abraço!!

W. Walrus
Canção do Perdão (João Cabete)

     Am              A7                 Dm
Escuta, meu irmão esta mensagem
             E7                    Am
que o mestre envia com amor
                 A7              Dm
É luz iluminando sua romagem
    G7                      C         E7
pelos caminhos da dor

    Am                     A7            Dm
Perdoa a quem te ofende e calunia
                     Am
esquece todo mal
                 E7        Am
e encontrarás alegria....

      Dm  G7                        C       Am
Perdoar sem impor humilhação
    Dm G7              C       Am
é ter Jesus no coração
                                F
*Perdoa com sinceridade e
             E7            Am
encontrarás felicidade. (*duas vezes)

       Dm  G7                        C       Am
Transforma o ódio em amor,
    Dm G7              C       Am
o espinho em perfumada flor
                              F
*Segue na vida sempre amando
            E7            Am
e ao inimigo perdoando. (*duas vezes)

* Arranjo utilizado no LEADE:
   Capo 2º traste - masculino
   Capo 9º traste - feminino


sábado, 26 de janeiro de 2013

Um Pequeno Conto por W. Walrus - Manhãs de Junho

Já era hora de recolher-se. Aquele menino de olhos tristes punha-se a deitar naquela noite quente do sertão. O sono não vinha.

Pedira benção ao pai minutos atrás. Observava com uma ponta de inveja os três irmãos que dormiam com serenidade nas redes ao lado. 

Lembrou-se mãe. Quantos anos se faziam desde sua morte? Sentiu um aperto no peito pouco comum em crianças de sete anos de idade. - "quatro anos..." murmorou baixinho.

Era o terceiro filho de um alfaiate viúvo em uma cidadezinha do interior. Sentia a ausência da mãe, mas não tinha nenhuma revolta pela vida difícil que tivera desde então. O pai, trabalhador porém ausente, educava os filhos a "curtas rédeas" e os castiva fisicamente por cada peraltice. 

O menino chorou em silêncio. As lágrimas quentes pareciam não aliviar dor daquela falta. Não era saudade somente de sua genitora, mas também da memória de sua imagem. Como teria sido seu rosto? Sua voz?... Como o chamaria?
Juntou as mãos pequeninas e pôs-se a rezar. Pedia em prece para conhecer a mãe... Não tinha lembrança do que era tê-la por perto... Como teria sido seu rosto? Sua voz?... Como a chamaria?

Cobriu a cabeça e adormeceu.

Acordou disposto na manhã seguinte, mas aquela ausência se fez sentida novamente... Não havia pão, leite ou beijo de bom dia... Era junho de 1950.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Nitro NALT - Have You ever seen the rain? / Proud Mary (CCR Cover)


Segunda postagem do arquivo de videos da querida Nitro NALT. Um pequeno registro de momentos saudosos.

Um forte abraço e até a próxima!!

Curiosidades:

Esta gravação feita no bar de um lava-rápido chamado Rock Burger em 23 de abril de 2005. O lava rápido ainda existe, porém o bar não está mais em funcionamento.

A Nitro NALT tocava as canções Have You ever seen the rain e Proud Mary (ambas escritas por John Fogerty) separadamente no princípio. Passou a tocá-las em potpourri ao perceber o forte apelo popular e a ótima receptividade do público a esse formato.

Have You ever seen the rain era uma das canções mais executadas nas ruas de comércio popular da cidade naquele ano. Lembro-me de escutá-la exaustivamente quando passava pela Ladeira Porto Geral e arredores.

Esta foi a segunda apresentação da banda do Rock Burger. A Nitro NALT voltou a apresentar-se lá por mais três vezes, porém sem nenhum registro.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Nitro NALT - Born on the Bayou (CCR Cover)


Este é o primeiro video do arquivo pessoal Nitro NALT.

Curiosidades:

Born on the Bayou (autoria de John Fogerty) foi a canção que durante longo tempo serviu de abertura para as apresentações da Nitro NALT. Posteriormente a banda Estado Bruto (2007 - 2010) também iniciaria as apresentações com ela, fazendo referência ao próprio CCR que abria os shows com essa canção.

Todos os integrantes da Nitro NALT eram fãs do CCR. Lula, o baixista da banda, tem a coleção completa de LPs do Creedence. 

Essa gravação foi feita em meados de 2005 no Moto-Clube Lobos Guarás em uma câmera analógica da JVC daquelas bem antigas. O câmera-man foi o amigo Hendy Nery.

O set do palco também era dos mais simples... tipo banda de garagem mesmo... 

A gravação foi feita antes do Fabrício Rezende entrar no grupo.

Um abraço a todos.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Arquivo Pessoal - Nitro NALT

A partir deste mês pretendo editar e disponibilizar periodicamente alguns arquivos de video da época da banda Nitro NALT. 
Mais que uma banda, éramos um grupo amigos unidos por afinidade, sonhos e gosto pela música. Em janeiro de 2013 o projeto faria oito anos de idade. Obrigado Alex, Fabrício, Lula e Tico. Saudades mil!!

¹AMIGOS

Se viesses em um coche
E eu vestisse um traje de camponês
E nos encontrássemos um dia na rua
Descerias e farias reverência
E se vendesses água
E eu viesse montado em um cavalo
E nos encontrássemos um dia na rua
Desceria eu a te cumprimentar

Poeta Desconhecido (c. 100 a.C.)
 ¹ Extraído do livro Bertold Brech - Poemas 1913-1956 (Ed. 34 pg. 146)

Um grande abraço!

W. Walrus

domingo, 20 de janeiro de 2013

O Casamento

Arte é feita de emoção e poder participar de momentos marcantes na vida das pessoas com ela é para o artista uma grande satisfação.

Ontem aventurei-me na musicalização de uma cerimônia de casamento a convite do amigo Tico Imbriani e tocamos a marcha nupcial com violão e guitarra. Muita adrenalina!

Pudemos também conhecer e apreciar o trabalho do pianista e colega sr. Ovidio. Nota mil!!!

Lembrei-me do trecho final da peça "Sete Minutos" cujo bonito conteúdo transcrevo abaixo:
¹...Era uma autobiografia da Marta Graham, aquela bailarina moderna. Sabe, é que eu não sou muito de ler. Não tenho saco. Você vive me enchendo por causa disso, mas esse aí eu li inteirinho. Não lembro muito bem do livro todo, mas teve uma estória nele que nunca esqueci. Tinha uma dança lá, uma coreografia que a Marta gostava muito de fazer, chamava... “Angústia”, uma coisa assim. Era um solo, ela dançava dentro de um saco branco só com a cabeça de fora. O saco fechado no pescoço e o limito do saco eram os braços e as pernas esticados. Tinha uma porrada de fotos no livro, super maneiro. Ela ficava lá presa dentro daquele saco branco, só rosto angustiado de fora. Durante anos em todos os espetáculos ela dava um jeito de encaixar essa coreografia. Era o carro chefe dela, como se diz né? Até que um dia a Marta estava no camarim tirando a maquiagem quando o pessoal da produção veio avisar que eles estavam com um problema. Tinha uma mulher da plateia, o público todo já tinha ido embora e ela estava lá, chorando copiosamente. Enfim, ninguém sabia o que fazer. A Marta pediu que trouxesse a mulher para o camarim. Ela veio e não conseguia parar de chorar. Água com açúcar, abano, todo mundo no maior sufoco, até que...? Meia hora depois ela se acalmou. A Marta ali toda solista: “o que é que aconteceu?” E ela contou. “Eu tinha vinte e cinco anos, quando um filho meu de três anos de idade brincava com a bola na calçada. A bola correu para o meio da rua, ele correu atrás para pegar. Eu vi a roda de um caminhão passar por cima da cabeça dele. Eu não chorei naquele dia, eu não chorei no enterro também. Nos últimos vinte e cinco anos eu não fui capaz de chorar por nada nesse mundo. Até ver a sua dança e entender essa angústia monstruosa que me apertou o peito durante todo esse tempo, que me deixou sem ar, sem remédio, sem saída. Todo mundo lá no camarim ficou em silêncio. A mulher levantou os olhos e disse: ‘Obrigada’. Saiu chorando silenciosamente. A Marta escreveu no livro dela que valeu a pena ter vivido por esse momento. Por ter tido o privilégio de saber que pelo menos uma vez na vida ela foi capaz de tocar uma pessoa sensível na plateia”.

A arte nos proporciona a troca, o toque, o afeto... Mais uma experiência valiosíssima! Pura emoção :-)!
Um grande abraço a todos!

¹Extraído da peça Sete Minutos de Antônio Fagundes

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Lesupia - Teaser

Ciiiinco, Quaaatro, Trêees, Dooois, Uuuum... Feliz 2013 (uhuuuuu!)

O ano de 2013 já começa com novidades para a Lesupia. O teaser da banda já está disponível na net e os próximos meses serão de divulgação do nosso trabalho de cover e de versões.

Deixo novamente o convite para que todos visitem nosso site para novidades, fotos e agenda de shows... 

Um grande abraço!